O Gestor de Projectos do IMD, Carvalho Cumbi, defende que o futuro da governação democrática em Moçambique passa, necessariamente, pela inclusão ativa de mulheres, jovens, pessoas com deficiência e outras populações vulneráveis no processo de tomada de decisão. No entanto, endente também que há necessidade de se reforçar as capacidades destes grupos para que tenham uma participação mais efectiva.
Carvalho Cumbi defendeu esta posição durante a sua intervenção na sessão de abertura de uma sessão de formação subordinada ao tema: “Formação sobre Monitoria de Políticas Públicas, Advocacia e Exercício da Cidadania & Disseminação do Guião sobre Boas Práticas de Paz, Reconciliação e Coesão Social”, que teve lugar nos dias 20 e 21 de maio, na cidade de Pemba, em Cabo Delgado.
Na ocasião, Cumbi explicou que aquela formacao tem como objectivo contribuir para a promoção de uma cidadania mais activa, permitindo que os cidadaos monitorem a governação, façam advocacia bem como tenham uma contribuicao mais visivel na mobilização social e promoção da paz e reconciliação.
“A cidadania ativa não começa nem termina no voto. É um exercício contínuo de participação, de fiscalização e de reivindicação de direitos”, acrescentou o representante do IMD, para quem a formação de Pemba pretende dotar as organizações da sociedade civil e os ativistas locais de ferramentas práticas para promover uma cultura de inclusão e justiça social.
“Queremos OSCs mais fortes, mais conectadas com as realidades das comunidades, e capazes de influenciar positivamente os processos de decisão em todos os níveis da governação”, disse.
Na ocasiao, Carvalho Cumbi afirmou haver necessidade de reforço de vigilância e envolvimento cidadão, especialmente por parte de grupos tradicionalmente excluidos. Na sua alocução, Carvalho Cumbi defendeu a necessidade de se redobrar esforços para cenários registados a seguir às eleições de 2024, que expuseram fragilidades na gestão democrática e na confiança pública no pais.
Ainda no seu discurso, o Gestor de Projectos do IMD reafirmou o cumpromisso da organização com uma democracia moçambicana mais inclusiva, onde todos os cidadãos, independentemente da sua condição, possam participar e influenciar os rumos da governação local e nacional.
Esta formação é organizada pelo IMD - Instituto para Democracia Multipartidária, em parceria com a Associação DIMONGO, no âmbito da implementação do programa “@Pro Cívico e Direitos Pro-Cívico e Direitos Humanos”, financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, através da sua Embaixada da Finlândia Maputo - Suomen suurlähetystö Maputo e em parceria com o programa PROPAZ, financiado pela União Europeia em Moçambique.