Decorre nos dias 8 e 9 de Agosto, na cidade de Nampula uma sessão de capacitação de mulheres candidatas para as eleições provinciais na região norte do país (Cabo Delgado, Niassa e Nampula).
A capacitação é organizada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) no âmbito da iniciativa Academia Política da Mulher e, tem em vista doptar as candidatas dos partidos FRELIMO, RENAMO E MDM de ferramentas e conhecimentos para um maior empoderamento, participação política, fortalecer a capacidade interventiva durante as próximas fases do processo eleitoral e criar oportunidade de troca de experiências entre as participantes e as mulheres deputadas.
A sessão de capacitação na região norte vai contar com 45 participantes identificadas pelos respectivos partidos políticos a partir das listas de candidaturas para as assembleias provinciais.
Os temas a serem abordados, visam estimular a participação activa das mulheres na arena política para uma ocupação mais efectiva dos espaços nos órgãos democraticamente eleitos.
Entre os temas se destacam a participação das mulheres no processo de democratização em Moçambique, participação da mulher nas diferentes fases do processo eleitoral em Moçambique (no partido político, na pré campanha eleitoral, na campanha, no voto como cidadã com o dever de eleger e ser eleita, na observação do processo eleitoral e no pós voto), fundamentos da participação política da mulher, Manifesto Político das Mulheres 2018-2022 entre outros temas.
A Constituição de 1990 abre espaço para a participação política da mulher, sendo reforçada com ractificação de instrumentos políticos legais internacionais, regionais e pela adopção da política de género pelo governo de Moçambique. Contudo, ainda persistem grandes desafios para que esta participação seja plena e efectiva. Os factores de ordem socio-culturais, subjacentes no patriarcado, constituem as principais barreiras para a participação da mulher na esfera pública.
A título de exemplo, ao nível da região norte do país, de um total de nove cabeças-de-lista para as assembleias provinciais, apenas duas são mulheres. Uma situação que a Academia Política da Mulher considera ser bastante preocupante e distante da paridade do género.
