As ligas femininas dos partidos políticos, parlamentares e extraparlamentares, foram instadas, esta quinta-feira, para tudo fazerem com vista a consciencializar as mulheres a prestar muita atenção aos manifestos eleitorais, que serão apresentados durante a campanha eleitoral, que inicia próximo sábado, 31 de Agosto, com vista a terem uma votação consciente nas próximas eleições gerais e dos governadores provinciais.
Esta exortação foi apresentada por Elisa Muianga, Coordenadora de Programas no Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), tendo sustentado que sendo a mulher a pessoa quem decide a quem colocar no poder, “é preciso que esta seja mais cautelosa e atenta quanto aos programas políticos que serão exibidos pelos candidatos nas próximas eleições”.
“A nossa ideia é que as ligas femininas sendo elas o vector de mobilização e sensibilização do eleitorado no processo da campanha eleitoral deverão estas, igualmente, serem portadoras de mensagens que levem com que as mulheres e jovens raparigas sejam mais conscientes no dia de votação”, disse Muianga, durante a cerimonia de abertura do seminário de reflexão sobre a participação da mulher no processo eleitoral, promovido pelo IMD em parceria com a Plataforma Mulher Eleição e Governação.
Segundo a Coordenadora de Programas do IMD, para que haja melhoria na inclusão da mulher nos processos eleitorais, é preciso que ela própria tome a dianteira e sensibilizar as lideranças política a desenharem manifestos eleitorais que valorizem cada vez mais a sua participação nestes processos.
“O nosso interesse é sensibilizar as mulheres para que fiquem atentas a tudo o que vai acontecer durante as campanha eleitoral para que no dia da votação saibam escolher, de forma consciente e justa, aquele candidato cujo programa político focaliza soluções para os problemas que apoquentam as mulheres a vários níveis”, disse Muianga ajuntando apelando a este grupo de mulheres e as raparigas para que afluam massivamente às urnas de votação de forma organizada e ordeira e votem com consciência, “para não deixar que os seus espaços sejam ocupados por outros pelo facto de não terem votado”.
Para Elisa Muianga, a acção de reflexão, que desta quinta-feira, em Maputo, sobre a participação da mulher nos processos eleitorais surge como forma de buscar mecanismos mais eficazes que possam contribuir para a união de forças entre mulheres pertencentes às ligas femininas dos partidos políticos e jovens raparigas das organizações da sociedade civil, bem como das diferentes ligas juvenis.
De acordo com Dalila Macuácua, Coordenadora da Associação Sociocultural Horizonte Azul, filiada à Plataforma Mulher, Eleição e Governação, o principal objectivo desta reflexão é de buscar perceber os desafios da participação política na perspectiva das mulheres nos processos eleitorais, bem como capacitá-las em matérias de liderança transformativa de Género.
“A ideia era fazer uma reflexão conjunta para harmonizar o nosso posicionamento e de participação no processo eleitoral, sem olhar para as cores partidárias, mas como mulheres, na busca de forma de melhor representar a nós mesmo e à mulher da base”, disse Macuácua para quem o encontro foi igualmente, uma oportunidade importante para fazer reflexão sobre as normas sociais que, “muitas das vezes dividem as mulheres despertando nelas o valores como coesão e solidariedade entre elas e a aproximação de gerações”.
No evento de um dia participaram 40 mulheres provenientes das ligas femininas dos partidos políticos com assento nos parlamentares e extraparlamentares e da Plataforma Mulher, Eleições e Governação bem como das Organizações Juvenis nacionais.