O apelo foi feito por esta organização da sociedade civil, no decurso do Seminário de Formação sobre Processos Eleitorais, que tinha como objectivo formar jornalistas da Rádio Moçambique (RM), de modo a fazerem uma cobertura de qualidade nas eleições gerais e provinciais a terem lugar no dia 15 de Outubro. O encontro teve lugar nos dias 27 e 28 de Junho de 2019, na cidade da Beira e contou com participação de 26 jornalistas da RM, provenientes de todas as províncias.
“A informação pode contribuir para elevar a confiança dos actores, sendo que para o efeito não basta ser isento, é necessário que os actores percebam esta isenção”, disse Hermenegildo Mulhovo, Director Executivo do Instituto para Democracia Multipartidária, na sua intervenção no seminário.
Mais adiante, Mulhovo considerou que RM deve por isso ser um espaço onde o cidadão tenha garantia de informação isenta e imparcial, pois, esta tem um papel em todo o processo eleitoral, incluindo na divulgação da legislação, que ainda não é suficientemente conhecida, e ela traz muitas inovações. "É importante que a comunicação social divulgue estas leis para que todos estejam devidamente informados em relação as inovações legislativas", argumentou.
Abdul Naguib, PCA da Rádio Moçambique, agradeceu o apoio prestado pelo IMD para a materialização do encontro e destacou alguns desafios para a RM nestas eleições. " Como aconteceu em eleições anteriores, a Rádio Moçambique pretende liderar a cobertura desde o periodo da campanha eleitoral até a votação, com a divulgação dos resultado a boca da urna.".
Por seu turno, Jorge Donguene, director provincial do STAE de Sofala, deu aos jornalistas, a garantia de que, para este ano, os OGE ao nível da província de Sofala, estarão em condições de divulgar os resultados com uma maior flexibilidade. “Será possível divulgar os resultados em dois ou três dias”. Aliás, ele recomenda que ao se rever a legislação, devia se ponderar a possibilidade de redução do prazo de divulgação dos resultados, pois, entende que haveria de ajudar a reduzir as desconfianças sobre a gestão do processo.
