No âmbito da parceria entre a Assembleia da República (AR) e o Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), teve lugar, na província de Maputo, durante três dias, a acção de formação de jornalistas membros da Rede de Jornalistas Parlamentares de Moçambique (REJOPAM) em diversas matérias com destaque para a participação da mulher na política.
Na ocasião, Elisa Muianga, Gestora de Programas no IMD, que debruçou-se em torno do contributo para o fortalecimento da participação da mulher na política, referiu que apesar da necessidade de mais acções nesse sentido, no país, este processo está a acontecer de forma gradual contudo, “o papel da mulher na sociedade, no geral, está cada vez mais relevante”.
Por sua vez, Lobão João, Presidente da Mesa da Assembleia – Geral da REJOPAM, a título ilustrativo fez referência a certas práticas em algumas zonas rurais onde as mulheres até concordam com a poligamia dos maridos.
Em relação a esse aspecto, Elisa Muianga explicou que “essas mulheres que convivem com poligamia não podemos pensar que daqui há 50 anos vão continuar assim”.
Ela apesar de reconhecer haver necessidade de acções nesse sentido, acredita que as futuras gerações poderão não pactuar com este tipo de actos.
“Nós precisamos de catalisar a sociedade, nós como Sociedade Civil devemos catalisar essa mudança”, frisou Muianga.
Segundo Muianga, e preciso que a sociedade moçambicana mude de pensar para que a mulher seja considerada uma parceira indispensável para o desenvolvimento tanto da família assim como da Sociedade no seu todo. Para ela não existe uma sociedade saudável se a mulher não esta saudável.
No âmbito politico, a Gestora de Programas do IMD indicou a necessidade de os meios de comunicação social contribuírem para a sensibilização da sociedade e, sobretudo, das lideranças políticas da importância de inclusão massiva da mulher, uma vez que esta constitui a maioria da população em Mocambique.
“Aliás, as mulheres é que fazem eleger os políticos neste Pais, elas é que fazem a campanha, sensibilizam o eleitorado e mobilizam massas contudo, são preteridas no momento de beneficiar de ganhos desse trabalho que não e fácil”, reiterou Muianga.
A acção de formação de jornalistas da REJOPM beneficiou cerca de 40 profissionais provenientes de diversos órgãos de comunicação social sediados na capital moçambicana, Maputo.