junta militarpp1Os representantes das bancadas parlamentares da FRELIMO, RENAMO e MDM defenderam a necessidade de se encontrar mecanismos urgentes e pacíficos para se estabelecer diálogo com a autoproclamada Junta Militar, com vista a se buscar uma paz definitiva no país.
O posicionamento destes partidos foi manifestado recentemente num encontro virtual organizado pelo Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) e descrevem os ataques armados supostamente protagonizados pela Junta Militar, na zona centro do país, como um entrave para o desenvolvimento socioeconómico e, sobretudo, para o sossego das populações naquele ponto do País.


Segundo Telmina Pereira, da Bancada Parlamentar da Frelimo, a liderança do partido Renamo deve assumir que tem um problema em mãos que precisa resolver.

junta militarppf“Contudo temos que perceber que este não é um problema exclusivamente da Renamo ou do governo, mas sim um assunto de interesse nacional e que interessa a todos os moçambicanos, por isso todos temos que nos envolver na busca de soluções para este conflito”, disse Pereira acrescentando que são moçambicanos que estão a ser atacados, são bens económicos moçambicanos que estão a ser destruídos e são vidas que estão a ser postas em causa, crianças que estão a ficar órfãs, e o risco de alastramento desta situação está patente.

Para a deputada, com o processo do DDR abre uma possibilidade para os membros da Junta Militar se integrarem. “Por outro lado, nós estamos a testemunhar que apesar destes homens estarem ligados a vários crimes os que se entregaram e baixaram as suas armas foram recebidos e integrados, o que demostra claramente que da parte do governo de Moçambique há boa vontade no sentido de acolher todos aqueles que se entregam para poderem participar neste processo de DDR”.

Por sua vez, Gania Mussagy, em representação da Bancada Parlamentar da Renamo, saudou a iniciativa de querer ver o povo moçambicano livre das limitações que tem para poder fazer a sua vida e para realizar os seus sonhos.
Segundo a deputada, a Renamo quer paz e é por isso que mesmo com algumas dificuldades e perturbações continua a avançar com o programa de DDR. “Por isso queremos congratular esta iniciativa de debater sobre estes assuntos “porque há muitos que se sentem excluídos e este canal está a procurar incluir e colher as ideias de todos sem olhar para cores políticas”.

“Ajudem-nos a acarinhar aquele homem a vir à razão”, apelou a deputada acrescentando que na Renamo há estatutos e “Mariano Nhongo foi e militar da Renamo, sim, ele tem direito de ter a oportunidade que os outros estão tendo neste momento. Nos estamos preocupados que ele possa perder esta oportunidade”.

A deputada encorajou ao Conselho Cristão e à Sociedade Civil a darem um passo gigantesco neste assunto, usando a sua força para “abraçar o nosso irmão como apartidários”.
“Temos que acabar com a história do Centro para entrarmos na história do Norte, que não tem cara. O Nhongo tem cara, conhecemos quem ele é, tem falado com jornalistas, é possível abraça-lo”, disse Mussagy.

Junta Militar PPPor sua vez, Lutero Simango, Chefe da Bancada Parlamentar do MDM, disse que esta reflexão é muito importante dado o assunto ser de interesse nacional, contudo “há que se ter atenção nas causas e efeitos porque, neste momento, está-se a debater apenas os efeitos da Junta Militar da Renamo e não estamos a buscar as causas. É muito importante buscar as causas para podermos compreender o conflito militar e nosso contributo para o problema que é de interesse nacional”.

Partindo da ideia de que os elementos da junta militar devem fazer parte do processo de DDR, o chefe da bancada parlamentar do MDM traça, três cenários possíveis dos quais o primeiro é de que os militares da junta adiram ao processo sem pré-condições; o segundo cenário é de que os poucos elementos da Junta Militar colocarem algumas condições para o seu engajamento neste processo, um cenário que o descreve como não sendo possível.

“O terceiro cenário que é natural e que acontece em todas as situações semelhantes a esta, é que todo o homem precisa de dignidade e honra. No entanto, a Junta Militar da Renamo para se envolver neste processo tem que ser tratado de uma forma digna e honrosa para não criar muitos problemas”, disse o Chefe da Bancada ajuntando que outro grande desafio, neste processo, é saber e conhecer os elementos invisíveis, porque, segundo sustenta, estamos a ver a junta militar na componente militar e “eu acredito que a parte invisível é a parte política”.

No encontro ficou assente a necessidade de criação de um grupo de referência para aprofundar e compreender as reivindicações da Junta Militar e facilitar o diálogo com vista a se restabelecer a tranquilidade na região centro.

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