salomao moyana agenda partidosFalando na mesa redonda intitulada Lei dos Partidos Políticos: Desafios da actualidade, esta quinta-feira, 5 de Novembro, o jornalista e activista social, Salomão Moyana, disse que para que os partidos políticos tenham uma sustentabilidade política precisam primeiro ter uma agenda, o que pressupõe ser de facto uma agente de articulação e integração de interesses distintos de objectivos comuns visando atingir o poder político.

“Isso quer dizer que o Partido, para ser sustentável, deve existir efectivamente não como um simples escritório, mas como organismo vivo, funcional e articulado, buscando absorver, interpretar e veicular as preocupações e anseios das diversas camadas sociais, as quais têm no partido o pódio ou a expressão da sua voz”, disse Moyana explicando que muitas das vezes quando se fala de sustentabilidade, a tendência é abordar a sustentabilidade material ou disponibilidade de recursos materiais ou financeiros que permitem a prossecução do objectivo de uma certa organização por tempo indeterminado.

"O partido, como organismo vivo e funcional que é, deve possuir um plano de intervenção política, isto é, um mapeamento de assuntos ou temas relevantes a abordar ao longo de cada ano, entre outras, por forma a manter o seu público permanentemente informado da existência e da efectividade deste organismo vivo”.

Para o jornalista, para além do plano de intervenção política, torna-se importante que o partido tenha, antes de mais uma agenda política e social, um plano de comunicação eleitoral, no qual estão plasmados assuntos a comunicar ao eleitorado e as estratégias a serem usadas nessa comunicação e na interacção com o seu eleitor ou população, um plano de angariação de fundos e tenha pessoal com boas relações humanas à frente desse plano.

Neste sentido o partido, segundo Moyana, deve se questionar sobre a sua relevância na sociedade, se faz falta ou não em Moçambique, qual é o Espaço que ocupa no mosaico político nacional e se ele desaparece hoje alguém ficaria desamparado, quem e porque.

“Ora são estas as perguntas que não encontram respostas na maioria dos partidos políticos moçambicanos, sendo que a falta de abordagem frontal destas questões ou a sua abordagem superficial faz com que o verdadeiro jogo democrático, em Moçambique, seja monopólio de uma minoria de organizações políticas perante o coro de lamentações das restantes”, disse.

A mesa redonda foi organizada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) e Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos (MJACR) no âmbito do ciclo de debates de celebração dos 30 Anos da instituição da Democracia Multipartidária em Moçambique. A mesma contou com a participação de representantes de diversos partidos políticos, parlamentares e não parlamentares, acadêmicos e representantes das organizações da sociedade civil.

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