A Sala da Paz reuniu se no mês de Junho em Nampula para avaliar o recenseamento eleitoral com vista à realização das eleições autárquicas de 10 de Outubro de 2018. O encontro contou com representantes da sociedade civil membros e parceiros da Sala da Paz provenientes de todas as províncias, representantes de Partidos Políticos em Nampula, académicos e jornalistas.
Na sessão, os membros da Sala da Paz destacaram que o processo decorreu de forma satisfatória, não obstante alguns desafios. “No geral, o processo de recenseamento eleitoral decorreu de forma ordeira e pacífica”. Contudo, “houve casos isolados de deficiência do equipamento, fraca capacitação humana e comportamentos ilícitos, problemas ambientais que prejudicaram o processo”, disse Dércio Alfazema, coordenador de programas do IMD.
Mas do que avaliar o processo de recenseamento eleitoral, o evento serviu também para preparar a participação da Sala da Paz em todo o processo eleitoral. “Mas do que nos basearmos em Nampula como fizemos na eleição intercalar, pretendemos igualmente estar em todas as restantes 53 autarquias do país”, disse Hermenegildo Mulhovo, director executivo do IMD.
Por sua vez, António Mutoa, presidente da Sala da Paz, realçou o contributo que esta plataforma tem dado na gestão de conflitos político-eleitorais. “É um local onde os actores interessados nas eleições de Moçambique encontram-se com vista a dissipar os conflitos eleitorais”, esclarece.
A Sala da Paz é uma iniciativa da Sociedade Civil para a gestão e monitoria dos processos eleitorais através de acções colectivas e coordenadas, envolvendo principais actores eleitorais para assegurar que as eleições em Moçambique ocorram num ambiente pacífico e ordeiro. A Sala da Paz é coordenada ao nível nacional pelo IMD e tem coordenações regionais Norte (Solidariedade Zambeze), Centro (PLASOC) e Sul.