Manifestos eleitorais devem espelhar os interesses da sociedadeOrganizações da sociedade civil moçambicanas e regionais ao nível da SADC, defendem a necessidade de os partidos políticos moçambicanos que concorrem às eleições gerais e provinciais de 2024, elaborarem manifestos que respondam aos anseios dos cidadãos, e que respeitem os interesses dos grupos mais vulneráveis.

Falando na sessão de abertura da formação dos partidos políticos em elaboração de manifestos eleitorais, que decorrem na Cidade da Matola de 6 a 9 de Agosto, a Coordenadora de Programas do IMD, Lorena Mazive, instou os 15 partidos políticos participantes a produzirem manifestos eleitorais que de factor respondam as preocupações dos diferentes extractos sociais existentes em Moçambique.

Conforme explicou, os manifestos eleitorais não devem ser apenas documentos propagandísticos, mas que espelhem o real interesse destes partidos e o seu comprometimento para com os problemas reais do país e, sobretudo, dos moçambicanos.

Manifestos eleitorais devem espelhar os interesses da sociedade lorena mazive“Moçambique enfrenta desafios complexos relacionados à Paz, à corrupção e à modernização de alguns crimes, a justiça social, à equidade de gênero, ao desenvolvimento sustentável”, disse Mazive ajuntando que a importância de um manifesto eleitoral bem estruturado e baseado na resposta às necessidades dos cidadãos, não pode ser subestimada.

No entender de Mazive, os partidos políticos devem estar cientes que os seus manifestos eleitorais são compromissos públicos, promessas concrectas que orientam as expectativas dos eleitores e traçam a visão de futuro de cada concorrente para o país.

Neste contexto, segundo defende a Coordenadora de Programas do IMD, a Acção de formação de Tchumene, de quatro dias, visa, dentre vários aspectos, conferir ferramentas aos participantes para que contribuam para o fortalecimento de capacidades dos partidos políticos no desenho de manifestos eleitorais que sejam sensíveis às mulheres, jovens e pessoas com deficiência e outras matérias de natureza social e económica.

Mais do que isso, segundo Mazive, esta acção servirá como um espaço de partilha de conhecimento para o desenvolvimento de manifestos eleitorais que sejam não apenas realistas e alcançáveis, mas também inclusivos, refletindo as vozes e as necessidades de todos os segmentos da sociedade moçambicana, especialmente das mulheres, dos jovens, e das comunidades mais marginalizadas.

Manifestos eleitorais devem espelhar os interesses da sociedade Claud Kabemba“Os manifestos eleitores deverão, igualmente, se estender a outros desafios que à semelhança de diversos países da região e do mundo têm assolado Moçambique com destaque para a pobreza, a desigualdade, a corrupção e das mudanças climáticas”, disse por sua vez, o Director Executivo de SARW, Claud Kabemba.

Kabemba alerta que à medida que reflectimos sobre a inclusão de jovens e mulheres nos processos políticos, Moçambique deve desenhar um plano de transição energética, tendo em conta as mudanças climáticas e a exploração dos recursos naturais em curso no país.

“O factor de mudanças climáticas deve ser incluso no plano de desenvolvimento visando sobretudo contribuir para a redução de gases de efeito estufa e também a maneira como é feira a exploração de petróleo”, disse Kabemba ajuntando que através dos manifestos eleitorais pode se persuadir e educar as populações sobre estes males.

A iniciativa que decorre de 5 a 9 de Agosto, é organizada pelo Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) através das Academias Política da Mulher e Democrática da Juventude, em parceria com a SARW no contexto da implementação do Programa Power of Dialogue, que conta com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino dos Países Baixos, através da Netherland Institute for Multiparty Democracy (NIMD).

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