Verônica Macamo, Presidente da Assembleia da República, fez este encorajamento ao proferir o discurso de abertura do Fórum do Gabinete da Mulher (GMP) Parlamentar, realizado neste Sábado, 27 de Julho, em parceria com o IMD. Trata-se do último fórum deste órgão da Assembleia da República na actual legislatura (2015-2019), tendo em conta que serão realizadas eleições gerais em Outubro, com vista à eleger novos membros da assembleia da República.
Fazendo referência à legislatura que está prestes a findar, Macamo destacou a aprovação de leis que protegem particularmente os interesses das mulheres. Referiu-se às leis como a Lei das Sucessões, a Lei de Revisão da Lei da Família e a Lei de Combate às Uniões Prematuras, e, afirmou que a sua aprovação revela o comprometimento das mulheres parlamentares na defesa de questões ligadas à agenda do género.
Esta intervenção acontece num momento em que os partidos políticos estão no processo de apresentação de listas para ocupação de diversos cargos electivos, nomeadamente, os de Presidente da República, de deputados da Assembleia da República, de membros das assembleias provinciais e de governadores provinciais. Por este motivo, encorajou as mulheres a trabalharem dentro dos seus partidos para que mais mulheres sejam inclusas nas respectivas listas.
O encontro deste Sábado tinha como objectivo apresentar o balanço das actividades que o GMP realizou no mandato que está prestes a findar, assim como apontar os desafios e perspectivas para a próxima legislatura.
Ao apresentar o relatório, Maria Zalimba, presidente do GMP, destacou a participação activa das mulheres no processo legislativo normal da Assembleia da República, a realização de jornadas parlamentares, visitas de trocas de experiências com entidades congéneres na região e no mundo. Segundo Zalimba, estas actividades contribuíram em grande medida para o enriquecimento da qualidade da legislação em prol da mulher e criança.
Por seu turno, Elisa Muianga, Gestora de Projectos do IMD, mostrou compromisso desta organização com a agenda da mulher. “Embora se verifiquem alguns progressos na participação política da mulher em Moçambique, ainda persistem grandes desafios para que esta seja plena e efectiva”, disse Muinga, mostrando preocupação com o facto de elas estarem em menor número nos diferentes órgãos de tomada de decisão no país.
Como forma de contribuir para a resolução destes problemas, Muianga apresentou a Academia Política da Mulher, uma iniciativa do IMD. "A Academia Política da Mulher é um espaço onde as mulheres trocam experiências sobre estratégias de conquista do poder político”, disse, explicando que a Academia privilegia o trabalho com os partidos políticos porque são o principal veículo para o alcance dos cargos electivos em Moçambique.
