presidente da cne observadoresO Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Sheik Abdul Carimo chamo atenção as Organizações da Sociedade Civil que vão participar da observação do processo eleitoral para a necessidade de submeterem os pedidos de credenciação dos observadores a tempo. Segundo Carimo, a avalanche dos pedidos da ultima hora tem criado alguma sobrecarga aos órgãos eleitorais e desconforto para as organizações.

"O atraso na submissão de pedidos de credenciais tem contribuído para que tenhamos imperfeições. Nas ultimas semanas, os órgãos eleitorais estão preocupados em alocar o material para os distritos e para os locais onde vão funcionar as assembleias e é por estas alturas que recebemos uma grande quantidade de pedidos de credenciação dos observadores das organizações e os partidos". Abdul Carimo fez estes pronunciamentos durante a IIª Cimeira sobre Paz, Reconciliação Nacional, Perdão, Cura Divina e Espiritual de Almas e Direitos Humanos que decorreu em Tete nos dias 12 e 13 de Agosto.

Abdul Carimo disse ainda que assinou memorando de entendimento com várias Organizações da Sociedade Civil para a partilha de informação e reuniu com as embaixadas baseadas em Maputo onde apelou a canalizarem os apoios para as organizações a tempo de modo a submeterem os pedidos de credenciação a tempo. “Mas ainda assim, os atrasos de pedidos de credenciais continuam.”.

Falando sobre eleições pacificas e transparentes, o Presidente da CNE chamou atenção para alguma falta de honestidade e de interesse na lisura do processo por parte dos partidos políticos. “Os Partidos políticos em Moçambique não são santos. Nenhum deles. Eles (o partidos com representação parlamentar) têm direito de ter um membro como MMV e dois delegados de candidatura, mas não tem sido capaz de indicar os nomes.”, referiu.

Por sua vez, em representação da Sala da Paz, Dércio Alfazema que também fez parte do painel no debate sobre o processo eleitoral, chamou atenção para os atrasos que tem sido recorrentes na organização do processo. “Estas eleições estavam marcadas a cinco anos, mas parece que gostamos de deixar tudo para a última hora. As leis eleitorais foram aprovadas em cima do joelho. Só agora os políticos decidiram se entender e assinar Acordo de Paz. O ministro das finanças ainda está a procura de dinheiro para suprir o défice de 50 por cento para a realização das eleições. Para eleições que decorrem num ambiente tenso e cheio de desconfiança isto é péssimo.”, referiu a fonte, tendo acrescentado que “Como resultado destes atrasos, temos partidos que também não conseguira cumprir os prazos de submissão de candidaturas e a educação cívica eleitoral que já devia estar em curso que não está a decorrer por falta de material.”.

O painel "Diálogo em Prol da Eleições Gerais que se avizinham com vista a assegurar que sejam pacíficas, ordeiras, pacíficas e conciliadora foi moderado pelo Jornalista Tomás Vieira Mário e contou como oradores com Sheik Abdul Carimo, Presidente da CNE, Cornélio Quivela, em representação de e partidos políticos e com Dércio Alfazema, da Sala da Paz. A cimeira foi organizada pelo Conselho Nacional das Religiões (COREM) e juntou mais de 150 participantes de todo o país. O objectivo da cimeira era definir acções de seguimento para as instituições religiosas face ao acordo de Paz Definitiva e Reconciliação assinado entre o Presidente da República e o líder da RENAMO.

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