A Academia da Mulher na Política refere ainda na sua nota que constatou com satisfação uma participação massiva das mulheres durante a campanha eleitoral e no dia de votação. Esta participação foi notória ao nível da composição dos diferentes grupos de observação eleitoral, membros das mesas de voto (MMVs), tendo sido constatados vários casos onde mulheres ocupavam cargos de presidente e vice-presidente das mesas. A mesma tendência também foi verificada nas filas de eleitores onde as mulheres, de diferentes faixas etárias, se faziam presentes em maior número.
“Isto demonstra de alguma forma que as mulheres tendem a se interessar mais pelos processos políticos e estão aptas a participarem de diferentes formas. É por isso importante criar condições para que as mulheres se envolvam ainda mais de forma a conquistar o seu espaço e a superar as diferentes barreiras políticas, económicas, sociais e culturais”, refere o documento.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que de um universo populacional de 27,909.798 habitantes, 14,561.352 são mulheres (52,17 por cento%) contra 13,348.446 homens (47,83 %). A mesma tendência se verifica no que diz respeito ao universo de potenciais eleitores. Os dados do recenseamento eleitoral (2018/9) indicam terem sido recenseados ao nível nacional 6.910.388 mulheres, o equivalente a 53 por cento, contra 6.035.533 homens, o correspondente a 47 por cento.
Academia Política da Mulher (APM) é uma plataforma criada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) para empoderar a mulher através da capacitação e influenciar a sua participação activa na vida política, explorando espaços e oportunidades com vista à atingirem posições de liderança nos partidos políticos, nos órgãos ou instituições democráticas e demais cargos eleitos no País.