A Presidente da Assembleia da República, Margarida Adamugi Talapa, defendeu, esta segunda-feira, dia 26, em Maputo, que o país precisa de leis que protejam, mecanismos que funcionem e uma consciência social que não aceite a violência como norma. Falando durante a abertura do 1º Fórum do Gabinete da Mulher Parlamentar nesta x Legislatura da Assembleia da República, Talapa frisou que este Fórum deve ser um marco que dele emane inspiração, “que fortaleça a nossa missão comum de construir um Moçambique onde a igualdade de género seja uma realidade”.
“Que este espaço contribua para a consolidação de uma agenda nacional verdadeiramente inclusiva, onde cada mulher possa florescer com dignidade e contribuir plenamente para o desenvolvimento da nossa Pátria”, disse a Presidente do parlamento sublinhando que “a Assembleia da República reitera o seu compromisso inabalável com o empoderamento da mulher moçambicana”.
Para a Presidente do parlamento moçambicano, ser mulher parlamentar é ter o sentido de responsabilidade acrescida. “A nossa principal missão é sermos mediadoras entre os que mais precisam e os que podem dar solução aos seus problemas”.
“Por isso, é imperativo que, independentemente das nossas filiações partidárias, saibamos colocar em primeiro lugar o superior interesse da Mulher moçambicana”, observou a Presidente Talapa salientando que “a nossa responsabilidade enquanto representantes do povo exige que sejamos um exemplo de unidade, de diálogo construtivo e de compromisso com a pacificação da sociedade, começando pela base da nossa convivência: a família. Que sejamos, portanto, promotoras da harmonia nos lares, na comunidade e na Nação”.
Neste sentido, a Presidente Talapa comprometeu-se a trabalhar ao lado das mulheres parlamentares no seu esforço para materializar uma agenda legislativa sensível às questões de género e que reflicta os legítimos interesses das mulheres do nosso país.
“Como Presidente da Assembleia da República, asseguro desde já que acompanharei de perto as actividades do Gabinete e facilitaremos no que estiver ao nosso alcance para o cumprimento do Programa de Actividades do Gabinete da Mulher Parlamentar”, disse, sublinhando que “sabemos que investir na mulher é investir no progresso das famílias, no bem-estar das comunidades e no futuro da Nação”.
Para a Presidente da Assembleia da República “a transformação que almejamos começa também aqui, na forma como usamos o nosso poder legislativo para garantir direitos, proteger liberdades e abrir novos caminhos de oportunidades para todas.”
A Presidente do parlamento enalteceu na ocasião, aos parceiros de cooperação, cujo apoio tem sido essencial para o sucesso das iniciativas do Gabinete da Mulher Parlamentar, “com destaque ao reconhecimento da colaboração do Governo de Moçambique, das organizações da sociedade civil e das agências das Nações Unidas, em particular a ONU Mulheres, sem o qual muitos dos avanços até aqui alcançados não seriam possíveis”.
A realização do Fórum da Mulher Parlamentar contou com o apoio do Ministério dos Negócio Estrangeiros da Holanda, através do NIMD e a Embaixada do Reino dos Países Baixos por apoiarem esta e outrasiniciativas.
O 1º fórum da mulher parlamentar debateu, dentre vários aspectos, desafios e oportunidades da Mulher na política e no âmbito da agenda Mulher Paz e desenvolvimento, tema apresentado pela gestora de projectos no IMD, Elisa Muianga, sobre Vozes silenciadas, leis que salvam: o papel da mulher parlamentar na resposta Urgente a Violência feminicida em Moçambique, apresentado por Rosita Siueia, do Observatório das Mulheres.
A iniciativa, foi realizada em parceria com o IMD através da Academia Política da Mulher, MASC e Observatório das Mulheres, tendo contado com o apoio do Netherland Institute for Multiparty Democracy (NIMD) e da Embaixada do Reino dos países Baixos.
